terça-feira, 18 de outubro de 2016

"Estou preso à vida e olho meus companheiros,
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças,
Entre eles, considero a enorme realidade,
O presente é tão grande, não nos afastemos,
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas."
Carlos Drummond de Andrade.

A Escola que queremos
.
`Todos nós ouvimos propostas de candidatos, políticos, sobre a educação, dizendo, fazendo e construindo escolas. Entretanto, compete a nós educadores, trabalhadores da educação a construção do projeto educativo trazendo as questões concretas encontradas na realidade escolar que atingem o âmbito educacional como um todo. Desta maneira, tornando a educação mais democrática e abarcando a diversidade e necessidades do povo brasileiro, em toda sua especificidade étnico-racial, de gênero , diversidade sexual, regional etc.

NÃO PODEMOS TRANSFERIR AOS POLÍTICOS A NOSSA OBRIGAÇÃO DE CONSTRUIR UM "PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PARA A NAÇÃO BRASILEIRA" .

PEÇO A TODO EDUCADOR QUE PARTICIPE NA CONSTRUÇÃO DESTE PROJETO PARA QUE POSSAMOS DIZER AOS POLÍTICOS O QUE A NAÇÃO BRASILEIRA QUER E PRECISA EM MATÉRIA EDUCACIONAL.

PRECISAMOS DEIXAR CLARO O QUE QUEREMOS, POIS ESCOLAS NÃO SÃO PRÉDIOS OU CONSTRUÇÕES QUE NÃO FORMAM NEM EDUCAM NINGUÉM.
Sugestões e contribuições para marcelopascoli@yahoo.com.br

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

CALEIDOSCÓPIO



CALEIDOSCÓPIO

Os pedaços de pedras coloridas
Aprisionadas no cilindro do tempo
Compõem uma imagem construída
Nas voltas do caracol no firmamento

E ao trocar as posições, cores e vida
Oceanos de luz resplandecentes
As vibrações das contas enriquecidas
Pululam os sonhos de amor como sementes

Mudando formas tecendo agrupamentos
O gira gira das paixões incontinentes
Transmuta o filme de uma alma descontente

Caleidoscópio tatuado em ferro quente
Formata a dor em quadros de tormentos
Do amor marcado pelo esquecimento

Páginas escritas na rosa dos ventos
Horizonte perdido no pensamento
Contas de vidro recortes, momentos.






segunda-feira, 10 de outubro de 2016

TIETÊ PARA TODOS 2017

Tu e Te, Tietê, aguas profundas
Vila, vilarejo, cidade linda
Das Entradas e Bandeiras, inundas
A histórica tradição da força infinda.

Situada na periférica depressão
Entre dois planaltos ergue-se soberana
Terra minha, formoso rincão
Gens Una Sumus! Italiana.

Miscigenada aos Campos e Rodrigues
Melares, Pascolis, Bortoletos e Biscaros
Agregados de muitas raizes
Formaram nesta terra um povo raro.

Forte e destemido na labuta
Por ideais de próspera identidade
Homens doutos e simples na luta
Pelo bem comum da sociedade.

Tietê mãe mulher laboriosa
Doce, com doce leite amamentas
Acolhe em teu seio a bela rosa
Da dignidade sua sóbria vestimenta.

Que Tietê Para Todos 2017
Seja repleto de amor e sabedoria
Buscando de maneira inconteste
A sua prosperidade e harmonia
Marcelo Pascoli 08/15


Folclore Brasileiro

A canoa virou enquanto
Os Escravos de Jó jogavam caxangá
Pois deixaram ela virá,
A Mãe D'agua cantou o seu canto
Pra encantar o Boitatá
Curupira virou seu pé
Correndo atrás do Lobisomem
Que atirou o pau no gato
E se escondeu no igarapé
Na ciranda cirandinha
O Boto seduziu Mariazinha
Que não soube remar
Virando sua canoa
Nas curvas do rio
Não podendo levar
Suas filhas pra batizar.

A ciranda cirandinha
Virou forró de Mariazinha
Neste sertão sem nem beira
Quem tem Saci Pererê
Que joga capoeira
No baile da marujada
Com Bumba Meu Boi e Congada
Mulher Dama dançado frevo
Tecendo rendas e cestas de palha.

Brasil rincão tão rico
Belo impávido colosso
Vivendo suas lendas e tradições eu fico
Atoleimado na Bola Fogo, Trava Língua
Que me afoga o peito
Corrupção infinda
Consumindo o belo e poluindo a vida.

Boitatá, Curupira salve nossas matas!!
Que vergonha " PAI "

sábado, 8 de outubro de 2016



Flores Tropicais
No meu jardim de inverno
Só quero flores tropicais
Um vaso com rosas vermelhas
Ramalhetes, castiçais,
Palmas, copos de leite e amarílis
Com a anuência dos lírios, goivos e gravatás
Um canteiro com narcisos
Outro com girassóis e tulipas.
Neste jardim um único colibri
Pode beijar a boca de leão e a doce cerejeira.
Nas asas dos amores sublimados
O pólen colorido e adocicado das graxas
E o néctar das ardentes estrelícias
Lindo jardim no meu inverno florido
Com agrestes manacás, perfumes de jasmins
Com cravos na lapela festejo
As rosas azuis e amarelas
Polinizadas pelo beija-flor colorido

Mulher do Sonho



MULHER DO SONHO

A mulher que amei em você

Nascida em sonho de menino

Garota inocente com um quê

De delicada maquiagem,

Dengosa maliciosa fina

Refúgio solitário

Fada mãe, amante

Mariposa da paixão

Borboleta errante

Repousa na viagem

Na estalagem

No coração

Do viajante.

A mulher que vi em você

Reflete o azul do firmamento

Ora alegre, ora triste

Dúbios sentimentos

Predicados de quem existe

Na Aurora Boreal,

Ursa Maior ou Antares

Quem sabe em Vênus

Estrela da manhã

Planeta fatal tsunami

Que implode os mares

Febre que a procela traz

Na madrugada fria do outono

Da noite eterna e fugaz

Beijo de amor sem dono.